Criando um plano de manutenção para pequenas e médias empresas em 5 passos

O setor de manutenção já possui consolidado o status de estratégico nas grandes organizações. O tempo de inatividade de máquinas e a produtividade estão diretamente ligados ao plano de manutenção. As grandes indústrias sabem disso e sempre mantém atualizados seus planos de manutenção e o acompanham de perto.

No entanto, empresas de pequeno e médio porte costumam não ter a mesma visão. A ideia de que a gestão da manutenção requer altos investimentos é um motivo para relegar o plano de manutenção. Além disso, é comum que a importância da manutenção para saúde financeira da fábrica seja pouco conhecida em empresas menores. Em geral, essas pequenas e médias unidades fabris acabam fazendo apenas a manutenção corretiva. Isto é, esperam acontecer um problema para resolverem.

Independente do tamanho da empresa, um plano de manutenção adequado é necessário e garante bons retornos financeiros. Fazer um plano simplificado e condizente com o tamanho de sua empresa é possível sim, e traz mais benefícios do que pode-se imaginar. Vamos lhe mostrar como fazer isso agora.

Problemas causados pela falta de gestão da manutenção

A ausência de programação dos procedimentos de manutenção geram um ciclo vicioso. A falta de uma programação adequada faz com que a manutenção seja majoritariamente corretiva. Isto eleva a frequência de falhas e os custos com manutenção e inatividade de máquinas.

Mesmo em pequenas e médias empresas é fundamental ter um plano de manutenção.

As pequenas e médias empresas têm recursos financeiros e humanos limitados. Somando-se a isso a maior frequência de falhas, o resultado é que os colaboradores e gestores não dispoẽm de tempo para implementação de um bom plano de manutenção.

E assim o ciclo se fecha, fazendo com que a manutenção continue focada na correção de problemas, e não na elaboração de um plano bem estruturado.

Os impactos negativos desse cenário são vários:

• Maior frequência de falhas em equipamentos;
• Maior tempo de inatividade devido a manutenção corretiva;
• Baixa previsibilidade da fábrica;
• Mais desgaste do pessoal com manutenções frequentes e pouco efetivas;
• Baixa produtividade.

O fato de ser uma pequena ou média empresa não justifica a não implementação de um plano de manutenção. É possível fazer uma programação simplificada e condizente com as necessidades da empresa, trazendo todos os benefícios da manutenção preventiva e preditiva.

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Benefícios para as empresas de um plano de manutenção

O plano de manutenção consiste em uma programação calcada em uma agenda bem definida e roteiros de execução de procedimentos. A definição do plano passa pela escolha de qual tipo de manutenção a empresa irá se basear e no detalhamento de como será executado.

Os benefícios de ter um plano de manutenção, mesmo que simplificado, impactam diretamente no resultado e na produtividade da empresa:

• Menor número de falhas e tempo de inatividade;
• Maior vida útil dos equipamentos devido ao desgaste menor(manutenção preventiva);
• Maior segurança para operadores;
• Ganhos com eficiência energética e maior produtividade;
• Maior previsibilidade e capacidade de resolver problemas de maquinário.

Os benefícios também não dependem do tamanho da empresa. No caso de pequenas e médias indústrias, por serem empresas com recursos limitados, um bom planejamento visando diminuir custos é ainda mais importante.

Se justificar o investimento é o problema, confira o vídeo a seguir para saber como apresentar o plano de manutenção.

+Leia Mais: Como Convencer o Gestor a Investir em Manutenção Industrial

5 passos para um plano de manutenção enxuto e eficiente

Gestores de pequenas e médias empresas possuem basicamente duas opções para elaborar um bom plano de manutenção:

• Contratar um serviço externo de manutenção;
• Elaborar um plano interno com os operadores e responsáveis pela manutenção.

No primeiro caso, uma empresa especializada é contratada e faz todo o levantamento para a elaboração do plano de manutenção. Os custos envolvidos nessa opções podem ser relativamente altos dependendo da localização, tipo de maquinário e prestadores do serviço.

A segunda opção utiliza know-how interno e o principal custo é o tempo dos colaboradores. Para essa opção, o recomendado é seguir as seguintes orientações para o plano de manutenção:

Passo 1: Levantamento dos equipamentos:

Mapear todos as máquinas da empresa e documentar todas as informações possíveis, como modelos, números de série, etc;

Passo 2: Classificação quanto à criticidade:

Os equipamentos da fábrica devem ser classificadas em relação a sua criticidade. Esta classificação pode ser feita segundo critérios de segurança, custo, necessidade e frequência de falhas.

Passo 3: Definir o tipo de manutenção para cada equipamento.

Sabendo a criticidade e as informações dos equipamentos, deve-se definir qual tipo de manutenção será aplicada a cada um: Manutenção Preventiva, Preditiva, Corretiva ou simples Inspeções Visuais.

Passo 4: Estruturação do plano:

O plano de manutenção é um documento que além das informações dos passos anteriores, deve conter também:

• Periodicidade de manutenção de cada equipamento(elaboração de cronograma);
• Estimativa de tempo de manutenção para cada equipamento;
• Necessidade ou não de se agendar paradas programadas para cada máquina;
• Recursos humanos necessários para manutenção de cada máquina;
• Ferramentas necessárias bem como instruções de uso administração do almoxarifado.

Passo 5: Acompanhamento do plano de manutenção:

O acompanhamento diz respeito à utilização de checklists para garantir que os procedimentos programados foram executados. E além disso, à avaliação de KPIs.

Os principais indicadores para acompanhar um plano de manutenção são:

• TMEF (Tempo médio entre falhas);
• TMR (Tempo médio de reparo);
• TMPF (Tempo médio para falha);
• TMEP(Tempo médio entre paradas);
• Disponibilidade Física dos equipamentos;
• Custo de manutenção por faturamento(%);
• Custo de manutenção por valor de reposição.

Os passos 1 e 2 dizem respeito à elaboração de um inventário das máquinas da empresa. Já o passo 3 é a escolha do tipo de manutenção adequado para cada máquina. O passo 4 é a elaboração do cronograma e compilação de todos os dados em um documento. E o passo 5 é a escolha dos indicadores para acompanhar o plano de manutenção.

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Mãos à obra!

Um plano de manutenção industrial simples e enxuto não demanda altos investimentos e pode ser feito pelo próprio pessoal da empresa. Seguindo estes passos  é possível elaborar um plano para pequenas e médias empresas, e sair do ciclo vicioso que acaba com a produtividade da fábrica e aumenta os custos.

Se você é responsável pela manutenção em uma pequena ou média empresa e não possui um plano de manutenção, siga o nosso passo a passo! Os benefícios são os mesmos que grandes empresas conseguem com planos de manutenção e softwares especializados.

Deixe nos comentários como foi a sua experiência na elaboração do plano. Até a próxima!