Cobots: como fica a segurança e a NR-12?

Cobots, NT-31 e NR-12.

Para garantir a segurança e o bem-estar dos profissionais, além da qualidade dos produtos que são fabricados, é necessário que a instalação e a utilização de tecnologias dentro das indústrias de todos os setores seja feita respeitando as regras dispostas na legislação vigente. No Brasil, a norma responsável para garantir esses fatores é a NR-12, ou Norma Regulamentadora de Segurança do Trabalho em Máquinas e Equipamentos.

Esse conjunto de normas dispõe as referências técnicas, medidas de proteção e princípios fundamentais que garantem a integridade física e a saúde dos trabalhadores da indústria. Essas normas foram pensadas para todos os tipos de indústrias estabelecerem os requisitos mínimos para prevenir acidentes e doenças decorrentes do trabalho, desde a fase de projeto até a efetiva utilização de maquinário.

A NR-12 também é uma legislação de referência para a fabricação, importação e comercialização de máquinas e equipamentos em todos os setores.

Como NR-12 se aplica aos cobots?

Embora a NR-12 tenha sido publicada há mais de 40 anos, por conta do avanço da tecnologia ela passou por atualizações constantes. A indústria 4.0 nos trouxe máquinas, equipamentos e tecnologias voltadas para a otimização dos processos e o aumento da produtividade, agregando inúmeros benefícios para esse segmento.

Contudo, com relação aos cobots, a NR-12 não consegue alcançar todas as especificidades que essa tecnologia precisa, e por essa razão, foi estabelecida no Brasil a Nota Técnica 31, trazendo uma maior segurança jurídica para a utilização dos cobots dentro da indústria.

O disposto na NT-31, item 12.1.12, traz:

“Os sistemas robóticos que obedeçam às prescrições das normas ABNT ISO 10218-1, ABNT ISO 10218-2, da ISO/TS 15066 e demais normas técnicas oficiais ou, na ausência ou omissão destas, nas normas internacionais aplicáveis, estão em conformidade com os requisitos de segurança previstos nessa NR” 

A partir dela, foi possível adotar algumas normas internacionais de segurança que regulam a utilização da robótica colaborativa dentro do setor industrial. A NR-12 já trazia no seu texto anterior informações sobre a utilização de normas internacionais, contudo, a partir da nota técnica 31, ela também trouxe menção específica sobre as regras e normas a serem aplicadas na utilização de robôs e cobots. Com isso a utilização de robôs colaborativos ficou definida pela ABNT NBR ISO 10218 parte 1 e parte 2. 

Além da especificação técnica ISO TS 15066, que é um documento internacional ainda sem tradução pela ABNT, essas normas conseguem demonstrar a utilização correta e adequada dos robôs convencionais e colaborativos, como veremos a seguir:

ABNT NBR ISO 10218-1

Traz os requisitos e orientações para o desenvolvimento de projetos seguros com robótica; além das respectivas medidas de proteção e informações de uso referentes aos robôs industriais. Essa norma também descreve quais são os riscos associados aos cobots e apresenta os requisitos necessários para a mitigação desses perigos.

ABNT NBR ISO 10218-2

A parte 2 da ABNT NBR ISO 10218 traz os requisitos de segurança obrigatórios para a integração segura de robôs e sistemas robotizados industriais, conforme definido na ABNT NBR ISO 10218-1.

ISO/TS 15066

A ISO/TS 15066 é responsável por verificar os padrões de qualidade e requisitos básicos para a operação segura de equipamentos robóticos, como os robôs e os cobots, podendo ser aplicada em diversos ambientes industriais.

É importante lembrar que, diferente de outras ferramentas de automação, os robôs colaborativos dividem espaço com os trabalhadores, de forma que a segurança desse maquinário deve ser uma prioridade para os gestores. A segurança desse contato é assegurada pelos métodos estabelecidos pela Norma ISO/TS 15066, que são:

• Parada de segurança monitorada; 
• Modo guiado (com operação manual dos cobots);
• Velocidade e separação monitoradas; 
• Limitação de força e potência.

No caso dos robôs colaborativos, seu projeto é realizado para atuar de acordo com o último método, de forma a garantir uma operação mais segura. A convivência entre os trabalhadores e os robôs colaborativos deve acontecer mediante uma grande avaliação de todos os riscos, de acordo com a ABNT NBR ISO 12100 e a ISO/TS 15066.

+ Leia Mais: Aubo i5: Tudo sobre o robô colaborativo da Fersiltec.

NOTA TÉCNICA Nº 31

Uma vez que os robôs colaborativos tem como princípio a operação junto com humanos, é necessário que as normas sejam seguidas adequadamente, com todas as medidas de proteção necessárias para a segurança dos colaboradores. Nesse sentido, é importante considerar e se adequar às normas ABNT NBR 14153 e ABNT NBR ISO 13849 Partes 1 e 2 para complementar a apreciação de riscos.

ABNT NBR 14153

Essa norma traz os requisitos de segurança e estabelece um parâmetro sobre os princípios obrigatórios para o projeto ( ABNT NBR ISO 12100) das partes do sistemas de comando que podem estar relacionadas à segurança. Ela traz categorias e características de suas funções, incluindo sistemas programáveis para todos os tipos de maquinários e dispositivos de proteção.

ABNT NBR ISO 13849-1

A ABNT NBR ISO 13849-1 traz os requisitos de segurança e parâmetros sobre os princípios de projeto e integração de partes de sistemas de comando relacionadas à segurança (SRP/CS), incluindo o software. 

Essa parte da Norma, parte 1, aplica-se a SRP/CS para alta demanda e modo contínuo, independentemente do tipo de tecnologia e energia utilizadas (elétrica, hidráulica, pneumática, mecânica, etc.), para todos os tipos de máquinas.

+ Baixe o Material: 5 Motivos para não ignorar a Robótica Colaborativa.

Cobots Aubo com projetos da Fersiltec

Os projetos de implantação de cobots na indústria pela Fersiltec adotam as melhores práticas, respeitando os requisitos de projetos seguros. Elevamos os padrões de qualidade e requisitos básicos para a operação segura de equipamentos robóticos, seja nos sistemas de comando relacionados à segurança, em suas funções, nos sistemas programáveis e dispositivos de proteção.

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